Cine Qualidade do Crer discute Cuidado Centrado no Paciente
Na última semana, 3 e 4, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, Crer, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) promoveu sessões fílmicas especiais para as equipes profissionais do hospital. Com o objetivo de fortalecer o trabalho de aperfeiçoamento em saúde já desempenhado no Crer, a Gerência de Qualidade do hospital realizou a exibição do curta-metragem, “Discurso de Sorrel”. A dinâmica envolveu os profissionais dos três turnos, em duas sessões diárias, contemplando toda a diversidade de serviços que o hospital oferta.
De inspiração no movimento cineclubista, a Qualidade do Crer tem organizado sessões com o objetivo de utilizar o audiovisual como ferramenta para mobilizar o debate entre os profissionais.
Em sua primeira edição, foi exibido o vídeo com o depoimento de Sorrel King durante a International Conference for Healthcare Institute, no ano de 2002. Sua filha, Josie King, foi vítima de um evento adverso no Hospital Johns Hopkins, nos Estados Unidos. A partir da análise deste caso, a metodologia do ‘disclosure’ passou a ser discutida como ferramenta para uma melhor comunicação, análise e prevenção de eventos na assistência aos pacientes.
A gerente da Qualidade do Crer, Josenei Skorek, explica que o disclosure nada mais é que um guia que orienta a comunicação de erros e eventos adversos a pacientes e familiares. A gerente explica que em uma instituição como o Crer, que possui uma Cultura de Qualidade sedimentada, os desafios são constantemente atualizados.
A gerente explica que “A comunicação efetiva é um dos principais desafios das instituições, por isso buscamos, neste momento, trabalhar com essa metodologia ativa, permeando a reflexão das equipes acerca da temática. O Cine Qualidade vem ao encontro do fortalecimento do disclosure e amplia os espaços de discussões e a participação de toda equipe multiprofissional em prol da nossa missão: Cuidar de Vidas.”
Juliana Carvalho de Lima, analista da Qualidade e presidente do Núcleo de Segurança do Paciente (Nusp) do Crer, explicou que, após as sessões, as equipes são convidadas para debater alguns conceitos evocados pelas escolhas fílmicas. Para a profissional, fazem parte do escopo de assistência do hospital ofertar o Cuidado Centrado no Paciente e, justamente por isso, a escolha do filme nessa primeira sessão.
Para a analista, “o intuito do Cine é fortalecer a mudança de cultura na qual o paciente não pode ser mais passivo em relação ao seu tratamento e se torne cada dia mais um participante ativo no seu cuidado. Os profissionais de saúde também precisam estar abertos para esse novo perfil de paciente, e sua visão precisa ser valorizada e respeitada. No filme a mãe da Josie King nos diz ‘Nem todas as respostas estão em suas pranchetas ou computadores’, isso serve de um alerta para nós, profissionais, que podemos estar deixando o olhar humano para o paciente e nos tornando automatizados somente com dados objetivos.”
