HDS promove roda de conversa no Janeiro Roxo para debater avanços e desafios no combate à hanseníase
O Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS) realizou, nesta quinta-feira (23), uma roda de conversa em alusão ao Janeiro Roxo, campanha nacional de conscientização sobre a hanseníase. O evento reuniu especialistas renomados, gestores públicos e representantes de movimentos sociais para debater os principais avanços e desafios no enfrentamento dessa doença negligenciada, além de promover a inclusão social dos pacientes.
A atividade, realizada na Capela do HDS, teve uma programação mediada pela médica infectologista Juliana Dona. Entre os palestrantes estiveram a dermatologista Ana Lúcia Maroccolo, da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Imunização (SES/GO); Jules Rimet Borges, dermatologista com foco em pesquisa e tratamento clínico; e Rosa Maria Carolina de Melo Silva, representante do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).
Durante o evento, Ana Lúcia Maroccolo destacou os programas federais que ampliam o acesso à prevenção e ao tratamento da hanseníase, reforçando a importância da capacitação de profissionais de saúde. Jules Rimet Borges falou sobre as mais recentes descobertas científicas que estão transformando o diagnóstico precoce e o manejo da doença. Já Rosa Maria Carolina de Melo Silva compartilhou relatos emocionantes de superação e ressaltou a necessidade de combater o estigma social que ainda afeta os pacientes.
“A hanseníase é uma doença curável, mas o preconceito e a desinformação ainda são grandes barreiras para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado”, afirmou Rosa Maria. “Eventos como este são essenciais para conscientizar a sociedade e promover a inclusão.”
Os participantes também esclareceram dúvidas sobre estratégias educacionais para combater o preconceito, bem como sobre tratamento e diagnóstico.
A supervisora da experiência do paciente, Cledma Ludovico, que organizou o evento, reforçou que a hanseníase ainda representa um desafio para a saúde pública, afetando milhares de pessoas no Brasil todos os anos. Apesar de curável, a doença está cercada de estigmas e desinformação, o que dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz. “O Janeiro Roxo busca justamente ampliar o debate e promover a conscientização, destacando que o enfrentamento da hanseníase exige ações integradas e um olhar humanizado”, finalizou.
