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Epilepsia é tema da Reunião Científica do Crer


28 de março de 2025
Créditos: Juliana Saran
Fotos: Juliana Saran



A escolha do tema se alinhou ao mês de março, marcado pelo Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, ou "Purple Day", celebrado em 26 de março

Na manhã desta sexta-feira, (28/03), o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), realizou a primeira Reunião Científica de 2025. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença acomete cerca de 2% da população brasileira e cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não é causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se.

Diante desse cenário, a Reunião Científica do Crer, promovida pela equipe de psicologia da supervisão de ensino e pesquisa da unidade, buscou fortalecer a formação técnica dos profissionais e incentivar a disseminação de informações precisas, promovendo uma assistência mais humanizada e contribuindo para a inclusão e melhora da qualidade de vida das pessoas com epilepsia.

Segundo Andrea Silva Moraes, tutora de Psicologia do Crer e uma das organizadoras do evento, esse tema é de grande valia para todos os ouvintes, tanto em sua atuação profissional quanto em sua vida pessoal. “O momento ofereceu uma oportunidade única para propagar informações corretas sobre a epilepsia, com a contribuição de duas grandes referências na área que compartilharam um conhecimento profundo e atualizado sobre o tema. A expectativa é de que os participantes saiam com um entendimento mais claro e uma nova perspectiva sobre a epilepsia, contribuindo para um atendimento mais humanizado e inclusivo”, explica Andrea.

A reunião contou com a participação de tutores, preceptores, residentes, acadêmicos e duas grandes especialistas na área: Dra. Aline Priscila Pansani, doutora pela Unifesp, fisioterapeuta, professora da UFG e coordenadora do grupo anti-mortalidade em epilepsia, e Dra. Maria das Graças N. Brasil, doutora pela UFG, neuropediatra e psiquiatra infantojuvenil. Ambas trouxeram reflexões valiosas sobre o diagnóstico e o manejo da epilepsia em diferentes fases da vida, enriquecendo a discussão sobre a doença em seus aspectos médicos, psicológicos e sociais.

Segundo a neuropediatra e psiquiatra infantojuvenil Dra. Maria das Graças N. Brasil, é fundamental ampliar o conhecimento sobre a epilepsia e suas crises convulsivas, esclarecendo tanto as famílias quanto os profissionais de saúde. O reconhecimento precoce das crises é essencial para que o tratamento seja iniciado o quanto antes. “A crise epiléptica pode trazer consequências tanto imediatas quanto a longo prazo. No momento da crise, a pessoa pode sofrer um acidente, atravessar uma rua sem perceber o risco e ser atropelada, ou cair e se machucar gravemente. Já as crises epilépticas prolongadas, conhecidas como estado de mal epiléptico, podem colocar a vida do paciente em risco”, explica a especialista.

Além disso, Dra. Maria das Graças ressalta que as crises repetidas podem causar impactos neurológicos significativos, como dificuldades cognitivas, déficits de memória e alterações emocionais. Por isso, o diagnóstico e o tratamento adequados são essenciais para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes. "Também precisamos combater o estigma que ainda existe em torno da doença, promovendo informação e conscientização para que as pessoas com epilepsia recebam o suporte adequado e sejam devidamente acolhidas na sociedade", destaca a médica.