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HCamp de Goiânia completa um ano de funcionamento


26 de março de 2021



Primeiro Hospital de Campanha do Governo de Goiás completa um ano de funcionamento com ampliação do número de UTIs e atendimento de mais de 30 mil pessoas

Com assistência multiprofissional e humanizada, equipe do HCamp de Goiânia evoluiu na condução clínica dos pacientes acometidos pelo coronavírus. Unidade de saúde é referência no tratamento da covid-19 na região Centro-Oeste e tem índice de satisfação de 89.63% dos usuários

Há um ano, na noite de 26 de março de 2020, o Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp) de Goiânia abria as suas portas para a população. O local foi o primeiro a ser criado pelo Governo de Goiás para estruturação da rede de assistência aos casos de Covid-19 no Estado. Às 22h29, a unidade recebeu o seu primeiro paciente, Paulo Alves, de 72 anos, morador da cidade de Luziânia. Ele ficou internado seis dias e fez questão de deixar registrada a sua gratidão. “Esse hospital oferece um atendimento de primeiro mundo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tudo gratuito, de qualidade e em Goiás”, relatou.

Durante entrevista coletiva, em março de 2020, para confirmação dos primeiros casos da doença em Goiás, o governador Ronaldo Caiado anunciou, de forma imediata, um plano de ação para acompanhar e prevenir o alastramento da infecção no Estado, com atenção na segurança dos goianos. De pronto, ele também comunicou a abertura, em tempo recorde, do primeiro hospital de campanha estadual, em Goiânia, para assistência das pessoas infectadas. “Sabíamos que o vírus chegaria em Goiás. Agora, o que temos de fazer é trabalhar na menor incidência e termos melhores resultados”, frisou Caiado na época.

Para concretizar a abertura da unidade hospitalar, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), organização social definida para assumir o local, abasteceram o Hospital com recursos humanos, materiais médicos e hospitalares, insumos, equipamentos de última geração como monitores e ventiladores pulmonares, além de infraestrutura de redes lógica e de gases medicinais. O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, acompanhou de perto todo o processo de implantação. “Buscamos otimizar cada recurso, transformando-o em atendimento à população”, ressaltou o gestor.

Ao longo de um ano, o primeiro hospital de campanha entregue em Goiás se tornou uma das referências do governo estadual na assistência das pessoas com a Covid-19. Nesse período, a unidade atendeu mais de 30 mil pacientes, sendo que 27.913 passaram pelo pronto-socorro. Ao todo, foram 5.130 doentes internados e 3.904 altas médicas hospitalares registradas. Em relação ao apoio diagnóstico, o HCamp de Goiânia realizou 8.896 tomografias; 6.399 radiografias (Raio-X); 1.581 ultrassons; 1.232 eletrocardiogramas; 12.425 testes RT-PCR para o coronavírus e 488.625 exames de análises laboratoriais.

Houve também uma expansão de 42% no número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), passando de 70 para 100 leitos críticos, além das 80 enfermarias instaladas no local, totalizando 180 unidades de internação. O HCamp funciona ininterruptamente, 24 horas por dia, e conta com uma equipe de mais de 1 mil trabalhadores da saúde. Entre esses profissionais estão médicos das especialidades de infectologia, radiologia, cardiologia, cirurgia torácica, medicina intensiva, nefrologia, clínico geral e equipe multiprofissional completa com enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, odontólogos, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.

Evolução do tratamento

Em um ano de funcionamento, os profissionais de saúde do HCamp evoluíram de forma considerável no manejo clínico dos pacientes assistidos. De acordo com a diretora técnica do Hospital, Marina Roriz, no início da primeira onda não existia muito conhecimento sobre o vírus para o tratamento da parte respiratória. “A intubação era feita de forma precoce e tínhamos receio de adotarmos a ventilação não-invasiva e o cateter nasal de alto fluxo. Hoje, ao utilizarmos esses dois recursos, conseguimos postergar a intubação, o que resulta em uma boa evolução clínica. Outros estudos apontam para o uso de corticoides e anticoagulantes em pacientes internados, o que tem sido a nossa base para assistência dos casos moderados e graves”, explicou a infectologista.

Para o diretor-geral da unidade, Guillermo Sócrates, o Hospital de Campanha tem entregado para a sociedade uma assistência em saúde qualificada, o que reflete no alto índice de satisfação dos usuários. Atualmente, o valor é de 89,63% e foi obtido por meio do Net Promoter Score (NPS), uma metodologia de satisfação desenvolvida para avaliar o grau de fidelidade dos usuários de qualquer perfil de instituição.

“O governador Ronaldo Caiado e a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás sempre nos deram apoio e suporte. A mobilização do Estado frente à pandemia foi exemplar para o país, pois há boa vontade e assertividade dos nossos gestores públicos. Amadurecemos muito nos últimos meses e aplicamos protocolos assistenciais seguros para os pacientes, familiares e acompanhantes durante a condução dos tratamentos. O HCamp usa a medicina baseada em evidências e nosso corpo clínico tem se desdobrado para salvar vidas e amenizar o sofrimento do próximo diante dessa crise humanitária. Nesse contexto, nossa mensagem é de alerta para a população na manutenção de medidas preventivas, como o distanciamento social, higienização das mãos e o uso de máscaras”, reforçou Sócrates.