Musicoterapia: uma estratégia de cuidado aos profissionais do CRER
O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, uma unidade da SES-GO, reconhece a necessidade de se construir possibilidades outras de cuidado direcionadas aos profissionais da saúde, sobretudo, quando do desafio da pandemia do novo coronavírus. Em alta conta, o CRER promove a ‘Sexta musical’, como recurso que alinha a musicoterapia ao programa de atenção à saúde emocional “Cuidar de quem Cuida.
O alinhamento estratégico entre as Gerência de Recursos Humanos e as Gerências de Reabilitação Multiprofissional, desencadeou um movimento de atenção detido à saúde emocional dos profissionais que trabalham na unidade. Este aspecto da dimensão do cuidado que, por vezes, passa despercebido, a dimensão emocional e do sensível, é o foco do trabalho da equipe de musicoterapia da unidade.
O formação de uma coletividade nas atividades musicais, como defende a musicoterapeuta Elvira Alves defende, é um dos focos principais do método de improvisação musical projetiva. Para ela, “trata-se de uma atividade integrativa entre as equipes que, muitas vezes, trabalham juntas mas não se conhecem. Então, para alcançar essa abertura entre os profissionais, utilizamos os instrumentos como meio de comunicação de sentimentos que são difíceis de verbalizar”.
O poder da música
As músicas criam espaços e transformam ambientes. Se há músicas com melodias estridentes, as emoções suscitadas nas pessoas podem ou não ser muito positivas. Se há melodias mais amenas, da mesma maneira, as emoções podem ou não ser enlevadas por essa aura. Então, aliam-se os recursos da música num contexto de acolhimento com objetivo de sanar problemas.
A fonoaudióloga Elcione Rios, que participa pela primeira vez da atividade, diz que tem sido um escape na sua rotina. Para ela “é um momento que ‘desestressa’ a gente. Faz com que a gente se desligue do momento que estamos vivendo e nos deixa mais tranquilas.” Para a também fonoaudióloga Fernanda Barbosa Afonso, a atividade lhe propiciou “uma sensação de alegria. Eu sinto muita falta do calor humano, dos grupos.”