Símbolo Acessibilidade

Acessibilidade

  Menu   Conteúdo   Busca   Mapa de site   Atalhos do teclado
  Fonte Maior   Fonte Menor   Fonte Padrão
  Contraste

Notícias

Hugol


Hugol promove a Cultura Justa na unidade


8 de fevereiro de 2023



O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), promoveu no dia 3 de fevereiro, um bate papo online com o tema Cultura Justa. A convidada foi Maiana Souza, Gerente de Qualidade e Segurança no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. O encontro foi promovido pela Gerência da Qualidade da unidade e aberto a todos os colaboradores.


A ocasião foi uma oportunidade para se explorar as principais questões que envolvem a Cultura Justa, tema atualíssimo e que tem auxiliado a melhorar os processos de inúmeras empresas, sendo fundamental no ambiente hospitalar. Assim, através de uma conversa sadia, os participantes, após uma breve apresentação da temática, puderam esclarecer dúvidas e buscar mais compreensão sobre questões específicas desse universo e como melhor aplicá-la no panorama de urgência e emergência vivido no Hugol.


De forma geral a Cultura Justa é um modelo de governança que tem como um dos seus princípios o fato de que nem todos os erros ou violações de conduta são fruto de má intenção e, assim, busca estabelecer um ambiente no qual o relato de erros e de eventos adversos é favorecido e incentivado. Com a sua adoção, entre outras coisas, busca-se a criação de um círculo virtuoso, no qual os processos vão evoluindo, evitando que falhas não intencionais sejam cometidas.


Dessa forma, há o reconhecimento da natureza de alto risco das atividades realizadas pela unidade hospitalar, com a determinação de se alcançar operações consistentemente seguras; cria-se um ambiente sem culpa onde os indivíduos são capazes de relatar erros ou quase acidentes sem medo de repreensão ou punição; há o encorajamento da colaboração para procurar soluções para problemas de segurança dos pacientes e o comprometimento organizacional de recursos para tratar de questões de segurança.


Nas organizações onde há uma Cultura Justa, a resposta a um erro ou falha é baseada no tipo de comportamento associado ao erro e não na gravidade do evento, assim trata-se o comportamento evitando erros futuros. Como exemplo, um comportamento que viole uma norma de segurança, como recusar-se a realizar uma checagem de segurança antes da cirurgia, passa a merecer uma medida disciplinar, mesmo se o paciente não tiver sido prejudicado. Algumas empresas utilizam, inclusive, um algoritmo orientador, que apoia a tomada de decisão das lideranças e garanta a imparcialidade na toma de decisão.
Assim, alguns pontos críticos ganham destaque nos ambientes onde há a Cultura Justa. Dentre estes, a organização passa a: admitir que o erro podo existir; garantir que as evidências  são verídicas e todos os atos do evento foram contemplados e analisados na totalidade e com imparcialidade; garantir que todos os lados envolvidos foram ouvidos durante a análise; evitar interpretações apressadas, com viés e conclusões levianas; verificar o histórico profissional do colaborador; punir de acordo com o risco assumido e não ao resultado, todos os profissionais e em todos os níveis hierárquicos; equilibrar a responsabilidade individual com a responsabilidade do sistema; promover a aprendizagem a partir de erros, independente da ação e buscar sempre oportunidades de melhorias em vez de culpados. 


A Cultura Justa ajuda a explicar a abordagem que será tomada se ocorrer um incidente, tornando-se um referencial para a tomada de decisão da gestão de pessoas e lideranças. Promove ainda a responsabilização, bem como a maior transparência dos profissionais e da organização.