Serviço domiciliar do HDS devolve autonomia a pacientes após AVC
A rotina de gestos simples, como tomar banho sozinha, caminhar com mais segurança e preparar a própria comida, voltou a fazer parte do dia a dia de Mariana Ingrid da Silva Dias, de 47 anos. Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ela enfrentou um período de paralisia do lado direito do corpo, condição conhecida como hemiplegia direita. O que parecia distante se tornou possível graças ao acompanhamento contínuo e resolutivo do Serviço de Atendimento Domiciliar do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária Colônia Santa Marta (HDS).
“Eu não tinha movimento nenhum. Depois do uso da órtese, consigo abrir mais a mão, mexer os dedos e sinto mais firmeza para me locomover”, relata Mariana. A recuperação devolveu não apenas funções motoras, mas também prazeres cotidianos. Cozinhar, uma de suas atividades preferidas, voltou a ocupar espaço central em sua vida. “Com a órtese, eu ganhei autonomia, voltei a fazer o que gosto”, afirma.
O atendimento recebido por Mariana é multiprofissional e integrado. Ela é acompanhada por médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga e psicólogo, um conjunto de especialidades que atua de forma coordenada, com foco na reabilitação funcional e no bem-estar emocional do paciente. “O atendimento do SAD HDS é diferenciado, muito humanizado, excelente”, destaca a paciente.
Um dos diferenciais do serviço está na confecção da órtese terapêutica, realizada pela Terapia Ocupacional diretamente na casa do paciente. Segundo a terapeuta ocupacional Viviane Amaral Oliveira, o processo é personalizado e pensado para garantir conforto e funcionalidade. “A órtese proporciona melhor autonomia. Ela é produzida no domicílio, fazemos o molde da mão do paciente e utilizamos um material termoplástico, que oferece conforto, não esquenta e se adapta bem”, explica.
Viviane explica que, em média, a produção da órtese leva cerca de duas horas e que, em pacientes como Mariana, o dispositivo auxilia no alinhamento do membro afetado, gerando impactos positivos em todo o corpo. “Ao alinhar a mão e o braço, conseguimos favorecer o alinhamento corporal como um todo. Isso reflete em melhor locomoção, mais liberdade de movimento e maior segurança”, acrescenta.
A atuação do SAD HDS vai além do cuidado técnico ao levar assistência especializada ao ambiente onde o paciente se sente mais seguro, o próprio lar. Essa abordagem favorece a adesão ao tratamento, fortalece vínculos e torna o processo de reabilitação mais eficaz.
Neste mês de dezembro, o Serviço de Atendimento Domiciliar do HDS completa quatro anos de atuação. Nesse período, já foram realizados mais de 29 mil atendimentos, consolidando o serviço como referência em cuidado domiciliar humanizado e resolutivo. Histórias como a de Mariana evidenciam o impacto direto desse modelo de atenção, ao promover mais autonomia, dignidade e qualidade de vida aos pacientes.
Ao recuperar gestos simples e significativos, Mariana simboliza o propósito do SAD HDS, cuidar de pessoas, respeitando suas histórias, necessidades e sonhos, inclusive o de voltar para a cozinha com as próprias mãos.
