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CRER


Abril Azul: CRER promove atividades em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo


1 de abril de 2021



Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia 2 de abril,  trata-se de um convite a todos e todas para que respeitem as diferenças e para que se conheça mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Habilitar pessoas para a vida e empoderar famílias! Sobre a nobre missão do cuidado humanizado, e baseado em evidências científicas, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, realizou, durante toda a semana, ações de sensibilização à comunidade hospitalar sobre as condições, os direitos e as potencialidades da pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). As atividades se estenderão por todo o mês de abril no hospital e contemplará outras condições intelectuais, também.

Em atividade desde 2014, a clínica de Reabilitação Intelectual da unidade de saúde oferece tratamento médico e multi-terapêutico à população com déficit intelectual. Desde a sua inauguração, mais de 98 mil atendimentos foram realizados e contemplaram cerca de 19.500 pessoas. O trabalho multiprofissional desempenhado por uma equipe de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e odontólogos, prepara as famílias e as pessoas com TEA para uma vida autônoma em sociedade.

A gerente de Reabilitação Auditiva e Intelectual, Thaís Nasser Sampaio, esclarece que o trabalho de reabilitação do CRER é baseado em critérios científicos da análise do comportamento, análise da psicomotricidade, entre outras abordagens. “Aqui, no CRER, o cuidado é humanizado e utilizamos de técnicas de referências nacionais e internacionais. O nosso objetivo é fazer com que a pessoa com autismo possa se sentir confortável para construir uma vida autônoma e possa se inserir no mercado de trabalho, na escola, nas universidade  ou em qualquer lugar que ela queira estar!” elucida a profissional.

O diretor Técnico Responsável do CRER, Ciro Bruno Silveira Costa, ressalta a relevância de uma instituição do Sistema Único de Saúde, como o CRER, oferecer cuidado e acolhimento às pessoas com deficiência. A instituição é referência regional da  Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, caracterizando-se como um Centro Especializado em Reabilitação, CER IV, por contemplar a reabilitação nas modalidades visual, física, auditiva e intelectual. “Nós acreditamos que entender e acolher a pessoa com TEA fará de nós uma sociedade melhor e mais justa. Por isso nos dedicamos para promover um cuidado e uma reabilitação que propicie a essas pessoas uma vida independente”, explica o diretor.

Isabella Fernanda de Gois, tem onze anos de idade, é paciente do CRER há 4 anos, e é atendida por profissionais da psicologia e da fonoaudiologia. Sua mãe, Camila Fernanda de Góis Batista diz sentir a melhoria na interação de sua filha com as pessoas desde que iniciou o tratamento no CRER. Já o paciente Gabriel Guimarães Santos, que possui um distúrbio de linguagem, é atendido pela psicologia, fonoaudiologia e terapia ocupacional da unidade de saúde.

Sobre o Autismo
O nome técnico oficial da condição, Transtorno no Espectro do Autismo (TEA), trata-se de um déficit de duas importantes áreas do desenvolvimento: o comportamento e a comunicação social. Esta condição se manifesta de inúmeras maneiras. Por sua abrangência, usa-se o termo espectro, porque  há gradações de comprometimentos e habilidades diversas das pessoas com TEA.

Alguns sinais do autismo já podem ser notados a partir do primeiro ano de idade da criança em sua forma mais severa, em outros casos, na modalidade leve, as pessoas só possuem o diagnóstico de forma tardia. O neuropediatra, Dr. Hélio Van der Linden Júnior, esclarece que  espectro é uma forma de colocar na ‘cesta’ do diagnóstico vários graus do autismo, então, quer dizer que há casos quase imperceptíveis, que, muitas vezes, têm o diagnóstico mais tardio, até na vida adulta, enquanto na outra ponta do espectro, que é o quadro mais grave, a pessoa depende de terceiros para atividades do dia a dia.

Dr. Hélio explica que o diagnóstico do autismo ocorre baseado na análise de parâmetros clínicos da avaliação neuropediátrica, a partir de classificações do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o DMS5. “A suspeita clínica começa com a própria avaliação dos pais, também, a partir de uma comparação com outras crianças da mesma idade, e aí a família percebe que a criança tem um certo atraso na linguagem, tem alguns comportamentos diferentes etc. Outras vezes é o professor que acompanha essa criança no berçário ou na escola e indica a família para buscar orientação com especialista”, explica o médico.



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