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Resiliência, palavra que define a história de vida de Adélio Ramos, paciente residente do HDS


13 de outubro de 2020



A história de superação de hoje, é do paciente residente do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS, Adélio Ramos de 77 anos, natural de Pires do Rio – GO. Resiliência é a palavra que define toda a sua trajetória, desde o começo da doença até os dias atuais. Atualmente curado da hanseníase, mas sequelado, é com lágrimas nos olhos que o paciente relata todas as dificuldades e obstáculos enfrentados devido ao problema de saúde. “Tive que deixar uma vida para trás para tratar minha enfermidade”, afirma o paciente.

Adélio descobriu a hanseníase aos 32 anos, na época casado, trabalhava como bancário e era cheios de sonhos, um deles constituir uma família. Ao desenvolver os sintomas da doença, foi trazido pela Organização de Saúde do Estado de Goiás – OSEGO, órgão que recebia as notificações de pacientes com sintomas da doença e os encaminhavam para a Colônia Santa Marta.

Residente há 45 anos no HDS, Adélio conta que o início foi muito difícil e desafiador deixar a família para conviver numa Colônia. “Quando cheguei haviam mais de 900 pacientes internados, em cada quarto ficavam de quatro a cinco internos”, diz. O paciente relata que chegou na unidade de saúde no ano de 1975, o aspecto do lugar era de uma vila, pois tinha prefeitura, delegacia, cinemas, bares, tudo para regular e administrar a convivência. As regras eram rígidas, caso algum interno infringisse alguma norma, sofria punição. A assistência à saúde dos internos era prestada pelas freiras que administravam medicamentos, realizavam curativos, entre outros.

A história de Adélio é um exemplo de evolução, pois todas as dificuldades enfrentadas permitiram que ele ressignificasse e transformasse sua vida. Devido à enfermidade, houve uma ruptura em sua vida, foi preciso recomeçar. Durante seu tratamento conheceu uma voluntária que vinha para ajudar as freiras, tiveram um relacionamento, união que deu fruto a uma filha, a qual Adélio se refere com muito amor e carinho. Hoje, é pai e avô. No momento atual as visitas estão restritas em razão da Pandemia, mas ele e a filha se falam todos os dias por telefone.

O HDS é gerido pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde – Agir desde 2013, o paciente afirma que após a nova gestão tudo mudou, várias atividades são desenvolvidas ao longo do dia com objetivo de promover uma rotina instigante e agradável. “Recebemos dos profissionais da instituição um atendimento humanizado”, afirma, Adélio. A Supervisora de Reabilitação, Cledma Pereira Ludovico de Almeida, diz que todas as ações desenvolvidas pela unidade de saúde são sempre com foco na humanização e reintegração social dos pacientes residentes.