Letramento Científico: Crer realiza Workshop sobre Planejamento de Pesquisa
A organização de uma pesquisa é tarefa árdua e, muitas vezes, pode causar ansiedade em pesquisadores menos experientes. Pensando nisso, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, Crer, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), promoveu, na última sexta-feira (6) o Workshop ‘Planejamento de Pesquisa’, com o objetivo de desmistificar o universo de procedimentos que envolvem uma investigação científica e assim, encorajar novos pesquisadores na unidade. O evento contou com a participação de profissionais da Supervisão de Ensino e Pesquisa (Suenpes) do Crer, tutores, preceptores e residentes multiprofissionais.
O ministrante do workshop, Darlan Martins Ribeiro, é fisioterapeuta do Crer e doutorando em Ciências e Tecnologias da Saúde pela Universidade de Brasília. Ele esclarece que, antes de tudo, para que a pesquisa se concretize, é necessário ter cuidado e organização do plano de estudos. “Com esse workshop nós queremos sensibilizar as pessoas para que tenham um cuidado com a organização, com a sistematização do seu plano de trabalho, para que observem ponto a ponto a pesquisa, com bastante cuidado. Essa é a grande questão. O outro ponto importante que nós abordamos é a leitura, que é onde começa tudo”, diz.
O fisioterapeuta atribui à leitura função inescapável para qualquer pesquisador e deu orientações sobre como realizar pesquisas em repositórios científicos e demais ferramentas de busca. “A leitura direcionada para esse objetivo é o primeiro passo”, afirma o profissional.
Orientação e Mentoria
Darlan ressalta a importância da troca de experiências de pesquisadores em diferentes estágios da carreira. “Buscar uma pessoa que já tem experiência, que vai fazer um papel de orientador, caso esteja em um Programa de Pós-Graduação. Fora de um Programa, nós temos a figura do mentor, que é essa pessoa que tem um pouco mais de experiência. Aqui, no hospital, nós temos, na Suenpes, um número profícuo de mentores. Nós encontramos vários profissionais com mestrado e doutorado ofertando um robusto Serviço à sociedade”, pondera.
A supervisora de Ensino e Pesquisa do Crer, Fernanda Miranda de Oliveira, atribui à equipe de mentores e orientadores dos Programas de Residências Médica e Multiprofissional da unidade de saúde um papel fundamental no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos profissionais residentes.
“Estamos em um momento ímpar, buscando cada vez mais excelência no ensino e no incentivo e desenvolvimento de pesquisas clínicas e demais tipos de pesquisas. Nossa instituição tem um rico campo que possibilita criar resultados de saúde baseados em evidências de qualidade, com publicações de impacto. A proposta é possibilitar o incentivo de criação de novas tecnologias, novas ferramentas de avaliação e tratamento, conhecimento e divulgação de ciência de ponta. Temos a honrosa oportunidade de contar com profissionais experientes e habilidosos em pesquisas científicas, especificamente na área clínica, como o preceptor da fisioterapia Darlan e demais preceptores da área médica e multiprofissional que têm feito a diferença para o Crer”, finaliza a supervisora.
A residente em Terapia Ocupacional, Carla Viana de Moraes, estava atenta durante o workshop com o seu bloco de anotações. Para ela, esta é uma oportunidade que veio em bom momento. “Eu acho que o mais difícil é você entender qual o caminho a percorrer para se alcançar os resultados. Quanto mais claro for a maneira de organizar o trabalho de pesquisa, a metodologia, entre outras coisas, mais fácil vai ser o todo o processo de formação”.
Já a residente de enfermagem, Ruth Fernandes Pereira, diz que tem interesse em realizar investigações a respeito da paralisia cerebral e que o workshop lhe foi esclarecedor. “Muitas vezes, na graduação, não se foca tanto na pesquisa, e aqui, na residência, nós temos um direcionamento maior na pesquisa. Isso faz com que nós tenhamos uma nova visão a respeito da assistência, da qualificação em saúde e de aprendizado. São novos olhares para nós residentes que recém saímos da graduação”, explica Ruth.




