Instituto da Mulher Dona Lindu, maternidade do CHS, fortalece a rede de coleta de leite humano
Leite doado é essencial para salvar vidas de recém-nascidos prematuros ou com baixo peso
No Dia Mundial da Doação de Leite Humano, o Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL), maternidade do Complexo Hospitalar Sul (CHS), reafirma o compromisso com o fortalecimento da rede de coleta e distribuição de leite humano. O Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) da unidade capta, todos os meses, de 30 a 50 litros de leite humano e tem feito esforços para conquistar novas doadoras todos os meses.
O trabalho da equipe multiprofissional vai além do cuidado clínico, há um esforço contínuo de conscientização sobre a importância do aleitamento e da solidariedade.
“Toda a equipe multiprofissional motiva as mães a se sensibilizarem com essas mulheres que não tem leite para dar aos filhos. E quando ela doa, ela sente que está contribuindo. Que esse leite doado por ela é esperança para uma criança que precisa de leite materno”, afirma Maria Gracimar, coordenadora de enfermagem.
A doação de leite humano é um ato de solidariedade essencial para salvar vidas de recém-nascidos prematuros ou com baixo peso que não podem ser amamentados por suas próprias mães. Foi pensando nisso que a Pamela Raiane decidiu ser doadora. Ela deu à luz a Maria Maitê com apenas 35 semanas de gestação, após uma cesárea de emergência devido ao excesso de líquido amniótico.
Logo após o nascimento, Maria precisou ser entubada por conta de complicações cardíacas e respiratórias e está atualmente internada na UTI Neonatal. Pamela se sensibilizou para apoiar outras mães que, assim como ela, passam por esse momento tão delicado. “É uma sensação muito boa poder doar o meu leite. Eu, como mãe, se não tivesse produção de leite, ia querer a doação porque é muito difícil para uma mãe estar com um bebê na UTI”, afirma.
Só em Abril, 64 recém-nascidos foram beneficiados com o leite humano doado. Isso demonstra o papel crucial que o Posto de Coleta tem na garantia de uma nutrição adequada para recém-nascidos em situação de vulnerabilidade. A principal função do posto é coletar e armazenar o leite ordenhado por mães doadoras, que posteriormente será processado e distribuído pelos Bancos de Leite Humano (BLH). Todo o processo começa com a triagem da doadora, que é orientada e passa por avaliação clínica para garantir que está apta a doar, afirma Karen Justiniano, Supervisora de Enfermagem.
“O leite extraído pela mãe é armazenado em frasco estéril, identificado com todas as informações referentes a ela, como data do parto, data e horário da coleta e fica no freezer para ser enviado ao nosso banco em tempo hábil para o processo de pasteurização e retorno após esse procedimento para ser oferecido aos recém-nascidos que necessitam desse leite”, disse.
O processamento do leite humano pelos bancos de leite é realizado com rigorosos padrões de qualidade. O leite passa por uma análise que verifica aspectos como acidez, volume, aspecto e condições microbiológicas. Em seguida, ele é pasteurizado, um processo térmico que elimina micro-organismos potencialmente prejudiciais, sem comprometer os nutrientes e anticorpos presentes no leite. Após a pasteurização, o leite é novamente testado para confirmar sua segurança microbiológica. Só então ele é armazenado em freezers a temperaturas controladas, aguardando a distribuição conforme a necessidade das unidades neonatais.
Todo o processo é supervisionado por profissionais capacitados e segue normas sanitárias rigorosas, assegurando que o leite doado contribua de forma segura e eficaz para a recuperação e o desenvolvimento saudável dos bebês, em especial os nascidos no Instituto da Mulher Dona Lindu.

.jpg)
.jpg)
.jpg)