Educação Continuada do HCN discute sobre Humanização
Profissionais da equipe multidisciplinar participaram de uma palestra online sobre a Humanização na Assistência à Saúde – Intervenções Multiprofissionais como Estratégia de Humanização Durante a Hospitalização. A ação fez parte do Programa de Educação Continuada do Hospital de Enfrentamento à Covid-19 do Centro-Norte Goiano (HCN), localizado em Uruaçu.
A palestra foi ministrada pela psicóloga Talita Andrade Leite, especialista em Saúde do Adulto e do Idoso, Raiane Suely Vieira, assistente social, especialista em Saúde da Família e Comunidade e da fisioterapeuta Mayana de Azevedo Santos, especialista em Traumato-ortopedia.
A assistente social Raiane falou sobre o Sistema Único de saúde (SUS), a saúde enquanto direito de todos, a Reforma Sanitária, que refletiu na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal de 1988. A assistente social também tratou sobre o Plano Nacional de Humanização (PNH), lançado em 2003 pelo Ministério da Saúde e como a Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir), que gere o HCN, trabalha à luz dessa política e traz a humanização entre os valores da organização.
Duas diretrizes do PNH foram destaque da fala da psicóloga Talita: o acolhimento e a clínica ampliada e compartilhada. “Partimos do princípio que o atendimento humanizado não se restringe apenas à assistência social e à psicologia, mas a postura acolhedora tem que partir de todos os profissionais que fazem parte do atendimento hospitalar”, explica. Para ela, a escuta sem julgamento, o olhar com empatia, o reconhecimento do paciente como singular fazem parte do acolher. A importância da clínica compartilhada e ampliada, segundo Talita, ressalta que o suporte e apoio deve ser feito em conjunto visando a evolução do paciente de forma integral.
Já a fisioterapeuta Mayana explicou como se configura uma equipe multiprofissional e de que forma essa equipe auxilia no bem-estar do paciente. “A prática interdisciplinar busca entender o significado do adoecimento e tratar a doença no contexto de vida do indivíduo, ou seja, integrar a equipe de profissionais de diferentes áreas, na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, porque é levado em conta a história de quem está sendo cuidado”, frisa. De acordo com ela, dessa forma, é possível tomar decisões compartilhadas e compromissadas com a autonomia e a saúde dos usuários do SUS.
“Diante do contexto que estamos vivendo, mais de um ano de pandemia, é sempre bom falar de amor, empatia com os pacientes e com os colegas”, avaliou Mariana de Ávila Maciel, supervisora Funcional do HCN. Para ela a adesão dos profissionais foi excelente, com participação de enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais falando sobre a política de humanização do SUS.