Um ‘doce’ de terapia: Equipe multiprofissional do CRER realiza homenagem às mães
O cuidado exercido no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – CRER, uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, reúne profissionais altamente qualificados e dedicados na missão de reabilitar pessoas para uma vida autônoma. Em alusão ao Dia das Mães, esta foi a abordagem realizada pelas Gerências de Reabilitação Física e Visual e de Reabilitação Auditiva e Intelectual ao promover uma sessão terapêutica com um grupo de pacientes muito especiais no Laboratório de Atividades de Vida Diária (AVD’s). A atividade reuniu crianças com diferentes habilidades e condições atendidas no hospital para que pudessem realizar, em conjunto, uma delicada homenagem às mães.
As crianças tiveram o desafio de trabalhar juntas em uma ‘matriz’ de produção muito especial. Orientadas pelas profissionais da equipe multiprofissional do CRER, elas fizeram uma calda de chocolate, cobriram um bolo e embalaram lembrancinhas a serem entregues às mães. Com um toque especial, mais do que um delicioso bolo de chocolate, essas crianças enviaram uma mensagem às suas mães, elas mostraram que, com o devido apoio, elas conseguem ser cada vez mais autônomas na medida das suas especificidades.
A fonoaudióloga, Isabella Maria Gonçalves Mendes, disse que essas ocasiões de trabalho terapêutico em grupo são muito positivas para o tratamento desses pacientes e aliar a atividade com essa data especial é um ganho a mais. “A equipe multiprofissional está dedicada a treinar as habilidades do dia a dia dessas crianças, por isso estamos realizando essa ação, para promover maior funcionalidade, integrá-los e comemorar essa data tão especial do Dia das Mães. Elas são guerreiras, estão à frente do tratamento dessas crianças, que lutam por elas”, diz.
Adriana Laís Barbosa da Silva é mãe da Nicolle Laís Oliveira, paciente do CRER, e avalia como muito positiva essas atividades em grupo. “As crianças ficam mais desinibidas quando estão com outras crianças. Às vezes só com os terapeutas elas ficam um pouco tímidas. Eu fico muito feliz ao ver minha filha assim, se divertindo enquanto está na terapia”, comemora Adriana. Já Sirlene G. Lima, mãe do paciente Gabriel G. dos Santos, diz que o filho fica diferente quando está com um grupo de crianças. “Ah, o Gabriel gosta de estar com outras crianças e sempre que tem a oportunidade eu faço questão de que ele participe. Eu amo vê-lo assim e ainda ganhei uma lembrancinha feita por ele”, vibra.
A terapeuta ocupacional, Gisele Helena Costa, explica que além de uma estratégia terapêutica importante para a autonomia das crianças, as AVD’s promovem um novo olhar das mães sobre seus filhos.
“O Laboratório de AVD’s é um espaço motivador para integrar todas as deficiências, todas as pessoas independente da faixa etária, juntamente com a família, para mostrar que cada um tem a sua autonomia, mesmo com as suas dificuldades. E essa autonomia nada mais é que trabalhar com toda a capacidade funcional que o paciente tem diante de uma atividade do dia a dia. Muitas das vezes, as mães subestimam a capacidade da criança em fazer uma escolha ou até mesmo de produzir algo que eles queiram comer, então, trabalhar as AVD’s requer, justamente, esse amor em ver esse paciente como um todo, de uma forma global”, explica Gisele.
Promoção da inclusão
Referência na reabilitação de pessoas com deficiência, o CRER promove a inclusão dessas de maneira a promover sociabilidades autônomas na medida das suas especificidades. Para a unidade de saúde, reabilitar pessoas para vida trata-se de preparar um ambiente propício para a pluralidade e bem-viver.
A gerente de Reabilitação Auditiva e Visual do CRER, Thaís Nasser Sampaio, reconhece o trabalho minucioso da equipe multiprofissional do hospital em realizar um atendimento técnico e humanizado, compreendendo e promovendo a inclusão dos pacientes da unidade de saúde de Goiás. “Nossos pacientes em suas histórias, com as suas diferentes habilidades, nos mostram diariamente como é importante o nosso trabalho no hospital, como nós abrimos possibilidades novas para essas crianças. Elas acolhem umas às outras e nos ensinam muito sobre inclusão. E, neste dia das mães, esta é a homenagem que queremos prestar às mães, que são nossas parceiras no tratamento dos seus filhos”, diz a gerente.
A Terapeuta Ocupacional, Danielle Carrijo Pessoa dos Santos, ressalta aspectos importantes que esta atividade promove na sociabilidade desses pacientes. “Aqui nós promovemos uma verdadeira interação social, que é o que a gente mais busca com pacientes com TEA [Transtorno do Espectro do Autismo], por exemplo. Nós presenciamos um paciente autista que, ao ver os outros pacientes embrulhando o bolo, ele se prontificou a embrulhar, também. Ele interagiu com os outros e realizou uma imitação. Então o grande objetivo é interação social”, explica Danielle.




