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Supervisora de Reabilitação Psicossocial do HDS participa de aula com turma de medicina da PUC–GOIÁS


28 de dezembro de 2020



A Supervisora de Reabilitação Psicossocial do Hospital Estadual de Dermatologia e Reabilitação Santa Marta (HDS), Cledma Pereira Ludovico, fez um relato histórico sobre fatos ocorridos em função do isolamento social e da internação compulsória de pacientes acometidos com hanseníase, na antiga Colônia Santa Marta. O evento para estudantes de medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), foi organizado pela professora Edna Manrique, no último dia 18, e aconteceu de forma 100% online. A ação contou com a participação de 50 expectadores.

O tema central da aula foi Vigilância em Saúde, deste modo, além de falar sobre a história da antiga Colônia Santa Marta, a profissional falou também do contexto da hanseníase no Brasil e no mundo.

Durante a aula, Cledma explicou que no passado, as pessoas que recebiam diagnóstico positivo de hanseníase eram afastadas da sociedade para tratamento. A Colônia Santa Marta foi construída em 1943 e recebia pessoas de toda parte do país. A cura foi descoberta em meados dos anos 80, logo após a unidade de saúde foi transformada em Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária. Em 2013, já com a administração da Agir, denominou-se Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta. Em 2017, foi construída a Residência Assistencial para moradia dos pacientes remanescentes da internação compulsória por causa da hanseníase. Todos esses pacientes já estão curados.

Com todas essas transformações à unidade de saúde deixou de ser referência no tratamento para hanseníase e, atualmente presta assistência gratuita aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de Dermatologia, Cardiologia, Ortopedia, Oftalmologia, Infectologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Geriatria, Psiquiatria e Odontologia especializada. O hospital também realiza atendimentos por meio da equipe multiprofissional como, educação física, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, serviço social, nutrição e terapia ocupacional.

“A aula foi importante para provocar uma reflexão para os futuros médicos, para que se faça o diagnóstico precoce da hanseníase, pois ela existe e tem cura. O Brasil ainda é um país endêmico. Ainda surgem muitos casos, mas tratados precocemente eles não deixam sequelas”, explica Cledma.

De acordo com o Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, foram diagnosticados um total de 55,2% de novos casos no Brasil. Um problema de saúde pública que coloca o país em segundo lugar no ranking de novos casos, segundo uma pesquisa recente realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Vale ressaltar que a hanseníase tem cura e o tratamento é disponibilizado gratuitamente na rede pública de saúde.