Agir promove workshop sobre os desafios da liderança em tempos de Inteligência Artificial
Discussões sobre autoconhecimento e tecnologia indicam a necessidade de alinhamento de habilidades interpessoais, autoconhecimento e o apelo à autenticidade diante dos desafios da gestão na atualidade.
Com foco na formação da alta liderança, associando aspectos de inteligência emocional e racionalidade gerencial, a Associação de Gestão Inovação e Resultados em Saúde – AGIR, reuniu nesta quinta-feira (05/11), lideranças do corporativo e dos hospitais CRER, HUGOL, HDS e HCAMP. Sob o tema “Profissionais 4.0: os diferenciais humanos face às novas tecnologias”, o evento teve a finalidade de apresentar ferramentas para que as estratégias de autoconhecimento favoreçam o uso dos recursos tecnológicos no cumprimento das metas e também auxiliem na realização do movimento de prospecção, adiantando-se aos desafios.
Para a treinadora comportamental, Wanessa Fonseca, que ministrou o workshop, seu objetivo versa sobre “conectar as pessoas com propósitos para que elas não cumpram tarefas apenas, mas que se conectem com algo mais”. “Eu quero que consigamos, hoje, descobrir a genialidade de cada um aqui, assim, trabalharemos não só ‘com’ propósito, mas ‘de’ propósito”, filosofa.
Lucas Paula da Silva, superintendente executivo da Agir, destaca a necessidade de que os processos de melhorias sejam contínuos. Para ele, atualmente, a formação acadêmica, por exemplo, é ponto de partida para um constante aprimoramento. “A formação tem de ser contínua, por isso a busca das melhores ferramentas para superar os desafios. O desenvolvimento da capacidade cognitiva, as ferramentas da Inteligência Artificial (IA) têm de ser vistas como oportunidades para o desenvolvimento”, afirma.
O superintendente administrativo e financeiro da Agir, Claudemiro Euzébio Dourado, realizou uma analogia com a retirada de objetos em uma estante para explicar o desenvolvimento de habilidades interpessoais como inescapáveis para um líder. “Diante de um conjunto de habilidades cognitivas, emocionais, o líder precisa ser capaz de reconhecer as potencialidades das pessoas a quem lidera, pondera”. Claudemiro continua: “trata-se de uma conjunção estratégica entre habilidades emocionais e cognitivas, com efeitos na assistência, e a IA, auxiliando na gestão de equipamentos em saúde”, conclui.
Com foco na leitura contextual, Dante Garcia de Paula, superintendente de gestão e planejamento, corrobora para o entendimento de que o processo formativo deve ser contínuo e agregar conhecimentos variados. “Esse mundo disruptivo nos impõe a necessidade de nos conhecermos enquanto uma habilidade a ser desenvolvida. É preciso criar agregações estratégicas, criações de coletivos com foco na mobilização das lideranças e das equipes”, argumenta.
Dinâmica da Atividade
Os profissionais responderam previamente a um teste de análise de perfil comportamental para que estes tivessem um mapa visual de suas potencialidades e limitações. No teste há a definição de quatro dimensões predominantes identificáveis, respondidas a partir da autoanálise dos profissionais, ou seja, é um olhar para si provocado pela ferramenta.
Wanessa Fonseca assegura que é primordial o desenvolvimento pessoal diante da inserção da Inteligência Artificial nas organizações. Ela sugere um procedimento orientativo para as lideranças: “ao me autoconhecer, eu reconheço em mim, e no outro, em quem eu lidero, as potencialidades, não apenas a falta. É identificar o que ele tem a oferecer e alocá-lo na melhor ocupação”, finaliza.
“A expectativa é justamente esta: liderar de maneira que se possa potencializar as capacidades das pessoas e se dirimir as limitações destas. Gerenciar processos e formar líderes, assim como reconhecer líderes potenciais. É claro que um hospital que tem pessoas altamente qualificadas, e que sabe utilizar da tecnologia de modo preditivo, terá efeito imediato na qualidade do cuidado ofertado”, explica a Gerente Corporativa de Recursos Humanos, Veruska Gaioso.









